Boa da Areia
A Boa da Areia é conhecida como a “cobra das duas cabeças” devido à sua cauda ser muito grossa com a ponta arredondada, tal como a forma da sua cabeça.
- Comprimento 1m
- Longevidade 400 dias
- Dieta Lagartos, pequenos mamíferos e aves
- Reprodução até 14 crias
Para mais informações sobre estatutos de conservação consulte:
www.iucnredlist.org
Morfologia
O corpo da Boa da Areia é robusto e cilíndrico, com uma cauda curta. A cabeça é da mesma largura do corpo e possui escamas fortes na ponta do focinho que, em conjunto com a a sua cabeça em forma de cunha, lhe permite escavar e enterrar-se na areia. A sua cor vai do castanho ao amarelo e laranja. É conhecida como a “cobra das duas cabeças” devido à sua cauda ser muito grossa com a ponta arredondada, tal como a forma da sua cabeça.
Comportamento
É uma espécie de hábitos crepusculares, enterrando-se na areia ou escondendo-se em tocas de outros animais. Quando ameaçada, enrola-se sobre si mesma e esconde a cabeça, expondo a cauda cuja ponta é semelhante à cabeça, abanando-a de modo a enganar os predadores.
O acasalamento ocorre na Primavera. As crias nascem 4 a 6 meses depois e uma ninhada tem, em média, 10 crias. É uma espécie ovovivípara.
Conservação
Segundo alguns investigadores, os registos de Boas da Areia diminuíram em algumas áreas, e acredita-se que os caçadores ilegais tenham que se esforçar cada vez mais para as capturarem. Antigamente, era comum serem vistas em áreas agrícolas, porém, atualmente é raro.
Esta espécie está ameaçada pela caça ilegal para o comércio de animais de estimação e para o uso em medicamentos tradicionais na China e no Sudeste Asiático. É uma espécie altamente valorizada em remédios tradicionais para doenças de pele. Devido a crenças recentemente estabelecidas de que a cobra age como um amuleto da sorte ou tem poderes sobrenaturais, a caça ilegal às Boas da Areia aumentou, consequência da subida do preço destes animais no mercado.
Algumas práticas agrícolas modernas como a compactação do solo e o uso de pesticidas e venenos que matam as suas presas e destroem áreas do seu habitat natural, são também uma ameaça à espécie.
Esta espécie pertence ao anexo II da CITES.