O calau-terrestre é a maior espécie de calau. Apresenta uma plumagem preta com penas primárias brancas. Têm a pele da face e a garganta flácida e pendente de cor vermelha, no entanto, as fêmeas apresentam um pendente com uma parte azul. O bico cinzento-escuro é grande, pesado e robusto, contendo uma protuberância na parte superior junto às narinas.
Comportamento
Estas aves são sedentárias e territoriais e vivem em pequenos grupos de 2 a 9 indivíduos. Passam a maior parte do tempo a procurar alimentos enquanto caminham lentamente com o grupo. Quase todos os casais são monogâmicos (com apenas um parceiro sexual) e apenas o casal dominante do bando se reproduz. Comunicam através de chamamentos prolongados graves e profundos. Fazem voos rentes ao solo quando são perturbados ou para irem repousar nas árvores. Utilizam o seu bico alongado e curvo para cortar o alimento e para esfregar as rãs e os caracóis no chão antes de os consumir.
Conservação
A população desta espécie tem vindo a diminuir devido à poluição, à desflorestação e à expansão da agricultura.
As tentativas de recuperação das populações de calaus-terrestres incluem programas de reprodução, reintrodução de aves criadas em cativeiro na natureza e campanhas de sensibilização do público. Grande parte deste trabalho está a ser realizado na África do Sul, através de iniciativas como o Projeto “Mabula Ground-Hornbill". Os programas de intervenção que visam alterar as crenças negativas sobre os calaus também têm sido eficazes, assim como a cobertura adequada das janelas para evitar que as aves vejam os seus reflexos e choquem contra o vidro.