Hipopótamo Pigmeu
De hábitos noturnos, este tímido e solitário mamífero, habita no oeste de África, maioritariamente na Libéria mas também na Nigéria, Serra Leoa, Guiné e Costa do Marfim.
- Comprimento 1,4 - 1,6m
- Peso 180 - 270Kg
- Longevidade 42 anos
- Dieta Erva, fruta e plantas aquáticas
- Habitat Áreas florestais baixas com pântanos, riachos e rios
- Reprodução 1 cria
Para mais informações sobre estatutos de conservação consulte:
www.iucnredlist.org
Morfologia
O Hipopótamo Pigmeu possui um corpo pequeno em forma de barril. A sua pele é nua e lisa, de cor castanha escura, desvanecendo-se para uma cor mais clara na barriga e na garganta. Possui um tipo de glândulas na derme, que produzem uma secreção brilhante e acastanhada que tem como finalidade proteger a sua pele sensível do sol. Estes animais têm válvulas musculares nos ouvidos e nariz , o que lhe permite fecha-los debaixo de água.
Comportamento
São animais extremamente difíceis de observar na natureza e raramente são vistos. São altamente solitários, exceto quando uma fêmea está com as suas crias ou durante a época de acasalamento. São principalmente noturnos e crepusculares, passando as horas diárias em descanso. Os Hipopótamos Pigmeus seguem trilhos bem definidos através da floresta e da vegetação dos pântanos, que são marcados através das suas fezes, abanando vigorosamente a cauda enquanto defecam. Quando assustados, procuram as florestas ou rios para escapar dos predadores.
Reprodução
Os machos procuram as fêmeas apenas na época reprodutiva, que normalmente ocorre em águas pouco profundas embora possa igualmente ocorrer em terra. O período de gestação é de aproximadamente 6,5 meses, tendo as fêmeas normalmente 1 cria precocial, que se torna independente aos 6 a 8 meses. Atingem a maturidade sexual aos 4 a 5 anos de idade.
O período de acasalamento e os cuidados parentais da progenitora para com a sua cria são os únicos contactos que os indivíduos desta espécie mantêm entre si.
Conservação
Estimam-se que existam apenas 2000 a 2400 indivíduos maduros na Natureza.
A distribuição de Hipopótamos Pigmeus na zona de origem mudou significativamente nos últimos 50 anos, sendo a desflorestação a sua maior ameaça - as florestas são convertidas em cultivo ou em plantações. São caçados predominantemente pela sua carne, porém, muitas das partes do seu corpo, incluindo o crânio, podem ser usadas em rituais ou em medicina tradicional.
Em 2010, o Grupo De Especialistas em Hipopótamos da IUCN e a Sociedade Zoológica de Londres (ZSL) organizaram um workshop na Libéria, com o intuito de desenvolver uma Estratégia Regional de Conservação do Hipopótamo Pigmeu, que vise orientação das atividades de conservação e investigação relacionadas com este animal.