A píton-real tem uma cabeça larga que se distingue bem do corpo e uma coloração variável, geralmente castanha, com padrões que variam consoante os indivíduos. A face ventral é mais clara. As fêmeas são maiores do que os machos e ambos os sexos apresentam esporões cloacais (esporão/garra situado na cloaca), normalmente mais desenvolvidos nos machos.
Comportamento
Esta espécie noturna abriga-se, normalmente, em tocas durante o dia e apresenta um comportamento arbóreo (permanece nas árvores) durante a noite. Quando se sente ameaçada, enrola-se em forma de bola, protegendo a cabeça no seu interior, denominando-se muitas vezes de píton-bola.
Reprodução
As fêmeas põem, normalmente, ninhadas de 6 a 10 ovos, entre meados de fevereiro até o início de abril, e os ovos eclodem ao fim de cerca de dois meses. A incubação é efetuada pela fêmea, que se permanece firmemente enrolada à volta dos ovos durante todo o período de incubação, garantindo-lhes a temperatura necessária.
Conservação
Em termos de regulamentação do comércio internacional, a família Pythonidae está listada nos apêndices da CITES desde 1977, sendo esta espécie protegida desde então. Sofre, maioritariamente, de caça furtiva pela sua carne e pela medicina tradicional. É uma das espécies de répteis mais comercializada no mundo. É necessária uma investigação quantitativa sobre a espécie, para determinar o impacto que esta exploração internacional, em grande escala, está a ter nas populações selvagens.