Conservação

Conservação

O papel dos parques zoológicos na conservação das espécies

A população humana cresceu exponencialmente nos últimos 200 anos e, atualmente, continua a crescer de forma acelerada. Isto significa que os recursos naturais do nosso Planeta estão a ser consumidos por bilhões de pessoas a uma velocidade muito superior à da sua capacidade de regeneração. Este crescimento e desenvolvimento põem em perigo os habitats e a existência de vários tipos de vida selvagem em todo o Mundo, comprometendo a biodiversidade do Planeta.

rinoceronte

A Conservação é a principal área de foco num parque zoológico, especialmente das espécies ameaçadas de extinção. Ao manter membros de uma espécie ameaçada, os Zoos garantem a existência de indivíduos geneticamente puros e saudáveis que, com a ajuda de programas de reprodução, podem ser introduzidos na natureza, aumentando assim as populações selvagens. Com as ameaças à sobrevivência da vida selvagem a aumentar a cada dia, os programas de conservação Ex-situ – efetuados fora do habitat natural das espécies – são cada vez mais necessários. Diariamente, novas espécies são classificadas como em perigo de sobrevivência e, algumas já se encontram extintas na natureza, existindo apenas em cativeiro (Zoos, Reservas e Associações).

O papel dos Zoos não substitui a ação da natureza, mas a experiência mostra-nos que o conhecimento técnico, científico, pedagógico e, sobretudo, o financiamento que os parques podem fornecer aos projetos de conservação de campo (In-situ) são essenciais à sua continuidade e para o sucesso dos seus projetos. Os parques zoológicos constituem uma base de apoio fundamental para estas instituições e podem fazer uma enorme diferença na continuidade de muitas espécies, evitando a sua extinção, tal como foi declarado pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) em 2023. Os Zoos e Aquários formam um pilar da estrutura necessária para salvaguardar o futuro.

O Zoo Santo Inácio abraça diariamente a missão de Preservar as Espécies selvagens, especialmente as mais ameaçadas, transmitindo esta urgente necessidade a todas as pessoas que nos visitam.

A conservação no Zoo Santo Inácio

A participação ativa do Zoo na Conservação das Espécies animais selvagens assume os principais eixos de atuação:

Reprodução

Cooperação em importantes Programas Europeus de Reprodução de Espécies Ameaçadas (EEP), como por exemplo os Leões Asiáticos, os Tigres da Sibéria, os Pinguins de Humboldt, os Hipopótamos Pigmeu, entre muitos outros.

Variabilidade genética

Manutenção de populações saudáveis e de linhagens geneticamente puras para que possam um dia regressar aos habitats de origem.

Educação

A aproximação dos visitantes à vida selvagem e a compreensão do papel de cada animal na Natureza permitirá alterações de comportamento e maior sensibilização para a Conservação do Planeta.

Investigação

Cooperação com outras entidades em estudos sobre as diferentes espécies animais que vivem no nosso parque.

 Programa europeu de espécies 

Programa europeu de espécies ameaçadas de extinção

Desde 2005 que o Zoo Santo Inácio faz parte da EAZA – Associação Europeia de Zoos e Aquários – integrando em vários Programas de Preservação de Espécies ameaçadas de extinção (Ex-situ) – EEP. Estes programas são operacionalizados apenas por Zoos e Aquários membros da EAZA, que participam de acordo com as espécies existentes nas suas instituições, de forma a garantir a manutenção de populações geneticamente puras com animais saudáveis. Cada espécie corresponde a um programa EEP, liderado por uma equipa de coordenação, onde todos os envolvidos são colaboradores de parques pertencentes à EAZA.

Em 2021, as Instituições da EAZA cooperaram em mais de 400 programas EEP, envolvendo mais de 300 Zoos e Aquários. Atualmente, o Zoo Santo Inácio participa em cerca de 25 programas EEP e é membro na coordenação de três deles: Veado das Filipinas (Rusa alfredi), Gazela Dama (Nanger dama) e Leão Asiático (Panthera leo persica).

Em 2005, o Zoo Santo Inácio fundou, em conjunto com outros parques portugueses, a APZA – Associação Portuguesa de Zoos e Aquários – que visa aproximar os parques zoológicos nacionais numa estratégica única de Conservação, juntamente com as autoridades nacionais.

Nos últimos dois anos o Zoo Santo Inácio doou cerca de 16.000€ a várias instituições de preservação animal

Para as diferentes Associações, este apoio financeiro traduz-se em várias conquistas como:

  • Contratação de guardas-florestais
  • Aquisição de equipamento técnico de observação dos animais e dos habitats
  • Educação e sensibilização das comunidades locais para a preservação das espécies em causa
  • Estudos laboratoriais para melhor compreensão das espécies

Para 2025, o Zoo Santo Inácio continua a sua aposta na conservação in-situ de espécies animais, quer a nível nacional, quer a nível internacional. O trabalho de travar a extinção tem de ser elaborado em conjunto, contando com as empresas e as associações que apoiamos e com cada indivíduo que nos visita.

A vontade de apoiar estas causas de preservação da natureza tem aumentado nos últimos anos, o que nos faz acreditar que, cada vez mais, as pessoas estão preocupadas em preservar a fauna e flora natural.

Todo apoio que o Zoo Santo Inácio presta a estas instituições é conseguido graças ao contributo dos nossos visitantes, quer através da visita diária, da compra de artigos na Loja do Zoo, da participação em VIP Tours, do envolvimento em programas de Apadrinhamento ou até de donativos.

Muito obrigado por apoiar o Zoo Santo Inácio na Conservação das Espécies!

#juntospelaconservacao