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Saguim Imperador

Saguinus imperator

Este pequeno primata de longo bigode, habita em áreas pequenas de floresta tropical com baixa altitude. Prefere margens da floresta amazónica com crescimento denso, em regiões onde ocorrem inundações sazonais.

Estatuto de conservação

  • Não avaliado
  • Dados insuficientes
  • LC
    Pouco preocupante
  • NT
    Quase ameaçado
  • VU
    Vulnerável
  • EN
    Em perigo
  • CR
    Criticamente em perigo
  • EW
    Extinto na natureza
  • EX
    Extinto

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    Comprimento
    Corpo: 23 a 26cm Cauda: 35 a 42cm
    Peso
    400g
    Longevidade
    20 anos
    Dieta
    Fruta, flores, néctar e invertebrados
    Habitat
    Floresta Tropical
    Reprodução
    2 crias

    A característica mais distintiva desta espécie são os seus longos pelos brancos no focinho, que se assemelham a um bigode dos imperadores Austro-Húngaros. O corpo é castanho-acinzentado, tem pelo amarelo no dorso e a cauda é laranja-avermelhada. As patas são pretas. Possuem unhas achatadas apenas nos polegares e garras modificadas nos restantes dedos.

    É um animal diurno e arbóreo, passando a maior parte do seu tempo nas árvores. É bastante sociável e geralmente vive em grupos de 2 a 8 indivíduos, podendo ir até 15 membros. Por vezes formam grupos mistos com outras espécies, sendo a mais comum o Saguim de Sela (Leontocebus fuscicollis), com o qual partilha o seu território. Durante a noite, o grupo repousa em conjunto em árvores grandes e isoladas. Estes animais comunicam através vocalizações muito agudas.

    A dieta do saguim imperador consiste em frutos, flores, néctar, seiva das árvores, invertebrados, tais como borboletas, aranhas e formigas e também pequenos vertebrados como lagartos, rãs-arborícolas, e ovos de aves. Esta espécie obtém a maior parte das proteínas que assimila através dos invertebrados de que se alimenta.
    Durante a estação húmida alimenta-se maioritariamente de frutos, assim como uma proporção muito pequena de néctar, seiva e cogumelos (fungos). Durante a estação seca, o néctar torna-se a componente mais importante da sua dieta, assim como frutos e uma pequena quantidade de flores, seiva, formigas, caracóis e larvas de insectos.

    Um grupo familiar é normalmente composto por um casal e as suas crias a habitar numa área de cerca de 30 a 40 hectares. Os membros do grupo são classificados de acordo com o sexo e idade, de tal modo que a fêmea mais velha possui o estatuto social mais elevado, sendo a dominante. As fêmeas subordinadas são frequentemente "reprimidas sexualmente" e impedidas de se reproduzirem pela fêmea dominante, no entanto podem cuidar das suas crias, e assim ganham experiência.
    O período de gestação dura entre 140 a 145 dias, após os quais nascem uma a duas crias, raramente três. O progenitor normalmente auxilia com o nascimento destas, recebendo-as no final do parto e limpando-as. As crias são completamente indefesas e possuem pêlo curto. A progenitora alimenta-as em cada 2 a 3 horas e após este processo elas retornam para o progenitor. Os filhotes permanecem no dorso dos progenitores durante 6 a 7 semanas. Todos os membros do grupo cuidam deles, incluindo os machos.
    Os juvenis tornam-se sexualmente ativos com cerca de 16 a 20 meses de idade.

    Esta espécie tem como principais ameaças o tráfico ilegal de animais (para serem comercializados como animais de estimação) e a perda de habitat. Nos últimos anos perderam grande parte do seu habitat devido à desflorestação para extração de madeira, construção de estradas e criação de gado.
    Apesar de não se encontrar ameaçado segundo o IUCN, o saguim imperador está incluído nas listas nacionais oficiais do Brasil e do Perú de espécies ameaçadas, tendo sido desenvolvidos projetos de proteção específicos para esta espécie. Atualmente, parte das áreas onde habita são protegidas.

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